segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Fim da Fundação Piratini

Após anúncio de pacote, futuro da TVE e da FM Cultura é incerto De acordo com o governo, veículos têm custo de R$ 28 milhões anuais. Repórteres e cinegrafistas cobriram, ao vivo, o anúncio de demissão Enquanto cinegrafistas e repórteres da TVE trabalhavam na cobertura ao vivo do anúncio do pacote para enfrentar a crise financeira do Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori confirmava, de um púlpito no Palácio Piratini, a demissão coletiva de 241 funcionários da Fundação Piratini, que, além da televisão, também engloba a rádio FM Cultura. Conforme o governo, a estrutura "ficou excessivamente inchada e onerosa para os padrões das finanças públicas do Estado", com custo de manutenção de R$ 28 milhões ao ano. Além disso, "o atual modelo não consegue acompanhar a evolução tecnológica e demais avanços do meio". Por isso, a decisão foi de tirá-los do ar. A concessão, no entanto, segue em vigor. Apesar do anúncio do fim, o futuro dos veículos ainda é incerto. O que se sabe, até o momento, é que as emissoras não serão extintas, mas a estrutura seria readequada e administrada pela Secretaria de Comunicação, que ficaria encarregada de montar um novo modelo de gestão.A TVE foi inaugurada em 1974, e a FM Cultura em 1989. De acordo com dados da própria Fundação Piratini, o canal 7 alcança mais de 6,5 milhões de espectadores e tinha objetivo de chegar a 8 milhões de pessoas nos próximos anos. A rádio, sintonizada no 107.7 FM atinge, anualmente, mais de três milhões de ouvintes. A Fundação foi criada e mantida durante todos esses anos com um único propósito: entregar à população gaúcha uma comunicação democrática, com livre acesso à informação. A missão das emissoras era fornecer uma programação cultural e educativa para estimular a reflexão crítica da realidade, com o compromisso de incentivar a participação social, refletindo a diversidade de opiniões e expressões da sociedade. Em nota, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) se posicionou contra o fim das atividades da Fundação Piratini. Confira a íntegra abaixo: "Anunciada a proposta de extinção da TVE que será levada à Assembleia pelo governo do Estado causa estupefação a todos os rio-grandenses. Trata-se de uma emissora que não é do Governo, mas sim, Pública. Sua existência marcada por serviços insubstituíveis ao desenvolvimento educacional e cultural do seu publico sua gente. Não se trata apenas de uma operadora de televisão, mas sim de incentivadora na difusão da capacidade criativa dos melhores valores da nossa cidadania. Esperamos que debate democrático que será travado no legislativo gaúcho venha a demonstrar a absoluta ausência de fundamento nessa proposição. O diálogo, fiador das melhores decisões, mostrará que a revisão da proposta é o único caminho aceitável". Por: Zero Hora*

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